Bancos competem entre si e derrubam taxa de juros para crédito imobiliário
Caso o consumidor demore para fazer o financiamento, contudo, os preços podem subir
Os bancos de varejo entraram em uma disputa acirrada
para saber quem atrai mais consumidores ávidos por uma casa nova. Nesse cenário, passaram a reduzir mês a mês a taxa de juros do crédito imobiliário, proporcionando mais oportunidades para os clientes e aquecendo o mercado. A má notícia é que, quanto mais
as pessoas demoram para fazer o financiamento, mais as imobiliárias passam a cobrar.
Hoje, a Caixa Econômica Federal cobra a partir de 6,75%
ao ano, mais Taxa Referencial (TR); o Bradesco, 7,3% ao ano, mais TR; O Banco do Brasil, 7,4% ao ano, mais TR; O Itaú Unibanco, por sua vez, passou a pedir a partir de 7,45% ao ano, mais TR; e o Santander, com a maior taxa: 7,99% ao ano, mais TR. Todos eles
reduziram esses índices nos últimos meses.
A diminuição nos juros tem um efeito imediato: faz com
que as pessoas gastem menos dinheiro para completar o financiamento. Se o consumidor não fizer a escolha logo, contudo, esse efeito pode se inverter, com maior procura pela casa própria, encarecendo-a.
Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Associação
Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), projeta que a queda de cerca de 25% nos valores da casa própria nas cidades brasileiras desde 2014, devido à crise e à consequente baixa procura por financiamentos, deve ser recuperada nos
próximos dois anos. A análise foi fornecida ao jornal GaúchaZH.
Por enquanto, não é possível precisar quanto os imóveis
irão encarecer. O mercado imobiliário atualmente se recupera de anos de baixa, com queda na venda de usados e menos lançamentos pelas incorporadoras. Quem já pesquisou bastante e decidiu que o melhor é fazer o financiamento pode seguir em frente. Mas essa
ânsia por aproveitar o desconto proveniente dos juros baixos pode fazer com que o consumidor escolha mal o imóvel.
O financiamento é uma decisão de longo prazo que pode
durar décadas. Uma mudança de rota de vida, como se casar ou ter filhos, pode fazer com que a casa ou o apartamento escolhido não seja mais adequado, fazendo com que ele tenha que ser vendido. Isso pode ocasionar em custos de reforma e corretagem, por exemplo.
Por este motivo é que é importante ter cautela.
Outra forma de adquirir um imóvel por um preço abaixo
do mercado é participar de leilões. As principais instituições financeiras colocam imóveis à venda por este sistema quando o proprietário descumpre o contrato e não paga o imóvel, que fica como um bem de garantia para a quitação da dívida. Um dos exemplos
de leilões mais conhecidos é o leilão
Santander. Neste modelo, o consumidor precisa
tomar alguns cuidados e conhecer bem o setor, já que há algumas regras nesse tipo de transação, como não poder visitar o interior da casa ou do apartamento.
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