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Curitiba,26/04/2024

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Preço da cesta básica cai pelo terceiro mês consecutivo, em Itajaí

Clima contribuiu novamente para baixa dos produtos in natura


Preço da cesta básica cai pelo terceiro mês consecutivo, em Itajaí

Itajaí – Pelo terceiro mês seguido o preço da cesta básica teve queda, em Itajaí (SC). Desta vez, a redução foi de 0,94%, passando de R$392,63 em agosto para R$388,94 em setembro. Os dados são do Projeto Cesta Básica Alimentar da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que elabora o indicador com monitoramento da Uni Júnior, a partir de pesquisa realizada em seis supermercados da cidade.

Desta vez, do painel de 13 produtos analisados, seis produtos tiveram redução de preço e contribuíram para esta baixa do custo total da cesta básica, foram eles: a batata (21,51%); o café em pó (17,24%); o arroz (11,49%); o feijão preto (9,36%); o tomate (9,18%); e a carne (1,29%).

Mesmo com essa queda, em 2019, o custo da cesta básica acumula uma alta de 7,1% e se comparado setembro deste ano com o mesmo período do ano passado, a alta é de 10,94%, superior ao índice de inflação, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), atualmente em 3,75%. No ano, ou seja, em relação a dezembro, somente o tomate, a batata e o café estão mais baratos. Na outra ponta, o destaque vai para a farinha de trigo (44,87%), o açúcar (25,60%) e o arroz (22,70%), que apresentam as maiores altas. No comparativo de preços dos produtos deste mês com setembro de 2018, destacam-se o leite LV, com uma queda de 12,93%, e a batata, com aumento de 101,44%.

Os dados da pesquisa de setembro revelam que o clima é o mais importante fator na variação de preço no mercado, principalmente os in natura, como o tomate e a batata que apresentaram queda em seus preços. Em contrapartida, os pesquisadores chamam a atenção para o aumento de preço da banana, que já era esperado pelo mercado em função das chuvas, justificada também pela baixa oferta e do consumo. Eles também alertam sobre a baixa no preço da carne, que apesar de apresentar percentual pequeno, tem peso de 35,33% no custo total da cesta.

Para os próximos meses os preços dependerão, mais uma vez, das condições climáticas, do preço do combustível e da instabilidade política e econômica no Brasil e no exterior. “Tivemos altas expressivas nos combustíveis no final de setembro, que devem impactar nos preços em outubro. Já a alta do dólar deve impactar nos produtos comommodities. Outro fator que pode contribuir, em longo prazo, é o aumento do ICMS em Santa Catarina", comenta o professor Jairo Ferracioli Júnior, economista e professor responsável pelo projeto.

Poder de compra do trabalhador

Com essa queda houve uma ligeira melhora do poder de compra do trabalhador assalariado. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 39,34% em agosto para 38,97% em setembro, acima do custo de referência de 33,63%. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 85 horas e 43 minutos de um total de 220 horas mensais.




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