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Curitiba,26/04/2024

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Obesidade: novas regras de rotulagem de alimentos entram em vigor

Medida da Anvisa determina a inclusão de um símbolo informativo em alimentos industrializados com excesso de açúcar, sódio e gordura saturada. Ideia é combater o crescimento de quadros de obesidade no País


Obesidade: novas regras de rotulagem de alimentos entram em vigor Quadros de obesidade estão associados a variados tipos de doenças. Medida da Anvisa tenta alertar sobre o consumo de alimentos potencialmente prejudiciais à saúde ? Envato

As autoridades de saúde estão preocupadas com uma verdadeira epidemia de obesidade que vem afetando o País. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou novas regras que entraram em vigor no início do mês de outubro para rótulos de alimentos: chamada de rotulagem nutricional frontal, a medida consiste na adição de um símbolo informativo que deve constar no painel da frente da embalagem de alimentos com excesso de açúcar, gordura saturada e sódio. A medida visa tentar atenuar um cenário que só tem piorado no Brasil, inclusive no Paraná: o crescente aumento do número de pessoas apresentando quadros de obesidade.

Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade é determinada a partir do Índice de Massa Corporal (IMC) do indivíduo, que se calcula a partir da divisão do peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). Pessoas cujo índice está entre 18,5 e 24,9 estão com um peso classificado como normal; Entre 25 e 29,9, estão com sobrepeso; quando o número iguala ou ultrapassa 30, o indivíduo é considerado obeso.

A nutróloga credenciada da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dra. Bianca Ohde Dalledone (CRM 36.125), explica que são várias as doenças associadas à quadros de obesidade, geralmente relacionadas ao estado inflamatório crônico causado pelo excesso de gordura: “Entre elas, as mais prevalentes são o diabetes mellitus, hipertensão arterial, alterações do metabolismo do colesterol, doenças autoimunes e do trato gastrointestinal e as disfunções tireoidianas”, explica a médica. Quadros de ansiedade e depressão podem também ser agravados pessoas com obesidade.

A medida da Anvisa busca combater este problema a partir de uma comunicação mais clara nos rótulos de produtos que possam contribuir para quadros do tipo. Com as novas regras, as marcas alimentícias que vendam produtos ricos em açúcar, sódio e gorduras saturadas são obrigadas a inserir um selo visível indicando de forma clara tal informação para os consumidores. Segundo Bianca, a iniciativa é muito bem-vinda: “Ela traz mais transparência para o consumidor ao apontar os nutrientes presentes em maior quantidade. Certamente é uma medida muito relevante, uma vez que, ao ter o acesso facilitado a estas informações, o consumidor pode comparar o produto a outros da mesma categoria e ter ciência da qualidade da composição do alimento”, afirma.

A medida não é à toa: a ingestão contínua destes nutrientes pode levar a quadros de desnutrição, déficits no crescimento na infância e adolescência, alterações no metabolismo do colesterol e da pressão arterial, aumento do peso corporal e, consequentemente, obesidade. “Todas estas consequências estão interligadas, e podem ser tanto causa como consequência uma da outra”, afirma a nutróloga. 

Obesidade entre paranaenses

O número de pessoas com peso corporal acima do recomendado não para de crescer e no Paraná os números são alarmantes: de acordo com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério da Saúde, o Estado tem 69,34% de sua população, pouco mais de dois terços dos habitantes, em quadros de sobrepeso, e 35,49 em quadros de obesidade de acordo com os critérios técnicos. Apesar dos números não estarem distantes da média nacional, eles reforçam a necessidade de atenção a este problema que afeta aproximadamente um terço dos paranaenses.

Na prática, a principal diferença entre um quadro de sobrepeso para um quadro de obesidade é a quantidade de gordura corporal presente no corpo do indivíduo, que é consideravelmente maior em um indivíduo obeso. Este percentual extra eleva o risco de doenças metabólicas associadas e de eventos cardiovasculares, tais como infarto e embolia.

Bianca afirma que os números são alarmantes e precisam ser encarados com atenção: “São muitos os fatores que favorecem estes quadros: uma rotina de trabalho exagerada que incentiva o consumo de alimentos fáceis e rápidos como os industrializados; falta de tempo para prática regular de atividades físicas, resultando no sedentarismo; altos níveis de estresse que aumentam o consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo, entre outros. Para combater este cenário precisamos conscientizar as pessoas do impacto negativo destes hábitos em nossa saúde. É preciso tentar reverter essa cultura que, infelizmente, está se enraizando em várias famílias”, afirma.

Mas o que fazer quando a pessoa já se encontra em um quadro de obesidade? Segundo especialistas, o primeiro passo é a busca por atendimento médico adequado a fim de investigar se o quadro de excesso de gordura já causou alguma doença metabólica associada ao paciente e se ela exigirá tratamento específico. A partir daí, é fundamental o acompanhamento e planejamento nutricional personalizado já que a alimentação é a base de todo o tratamento. Também é importante combater hábitos como o sedentarismo, tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, além de trabalhar no controle do estresse e na melhora da qualidade do sono. Embora seja um caminho que exija tempo e paciência, a mudança destes hábitos é capaz de transformar por completo a saúde destas pessoas.


Sobre a Paraná Clínicas

Fundada em 1970, a Paraná Clínicas é referência em planos de saúde empresariais e também atua na modalidade coletivo por adesão. Desde setembro de 2020, é operadora integrante da SulAmérica, o maior grupo segurador independente do Brasil. Carrega a missão de cuidar com excelência de empresas e pessoas, oferecendo como diferencial os programas de saúde preventiva e promoção de qualidade de vida. Com uma infraestrutura moderna e planejada em uma rede interligada, a Paraná Clínicas conta com sete unidades próprias em Curitiba e Região Metropolitana, chamadas de Centros Integrados de Medicina: CIM Araucária; CIM CIC - 24h; CIM Fazenda Rio Grande; CIM Rio Branco do Sul; CIM São José dos Pinhais; CIM Unidade Infantil - 24h (ao lado do Hospital Santa Cruz) e CIM Água Verde – onde também operam o Hospital Dia, projetado para oferecer o que existe de mais moderno em procedimentos eletivos, e o Centro de Infusão, estruturado para atender com excelência os pacientes de oncologia, hematologia e reumatologia. Há ainda a previsão de inauguração de mais um CIM ainda em 2022: a unidade de Londrina, em novembro. No primeiro trimestre de 2023, serão inaugurados mais dois Centros Integrados de Medicina nas cidades de Maringá e Cascavel. Mais informações em www.paranaclinicas.com.br.  




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