Quais os atributos que leva alguém a cair nas graças do povo,  se tornar a mais nova celebridade do ano e levar para casa o prêmio de R$1,5? Segundo Jonathan Duque, especialista em comportamento humano e inteligência emocional, são as semelhanças. Isso mesmo, as semelhanças geram conexões. Os expectadores detectam traços de comportamento em si e em pessoas do seu meio nos participantes dentro da casa e é isso que determina quem vence ou não o jogo. Diante disso, não há estratégias ou visão analítica dos integrantes da casa que façam com que permaneçam no jogo, apenas o controle das habilidades emocionais podem levar alguém para a final.

É natural que os membros entrem no jogo com a falsa ilusão de ter controle sobre o que acontece, acreditando que para chegar na final depende apenas de estratégias bem definidas. Mas, de fato, não é. E essa verdade vai se revelando aos poucos, a cada dia para os expectadores e confinados, ao passo que as personalidades se apresentam e o trem começa a descarrilhar, ou seja, as “mascaras caem” e   o confinamento passa a exaltar o que há de mais forte em seu comportamento, ou melhor, intensifica o que ela já é ou tem dentro de si, bem ou mal.  

Para que o “jogo” aconteça, a própria seleção de participantes considera esses traços que nem eles mesmos conhecem em si, afinal esse é o entretenimento . Nada é baseado em aparência ou na  auto descrição,  mas sim de uma análise comportamental que revela a essência da pessoa, muitas vezes, com ações que ela só vai perceber que têm durante o confinamento. “É muito comum que as pessoas tenham uma visão distorcida de si. Ninguém se acha mal, desleal ou encrenqueiro. É nas entre linhas e nos momentos mais inóspitos que nos conhecemos verdadeiramente” – comenta Jonathan.

Para ganhar o BBB ou qualquer outro reality de confinamento o participante precisa ter inteligência emocional para lidar com as adversidades que surgem a todo instante. “Só se vence uma batalha quando se conhece o inimigo e a si mesmo” – afirma.

Segundo o especialista, embora seja cedo para afirmar, existem três participantes com um grande potencial para se tornar campeão, são eles: Paulo André, Linn da Quebrada e Natália Deodato, O atleta Paulo André, por exemplo, aprendeu a desenvolver suas habilidades emocionais e resiliência ao longo dos anos em sua profissão e aplica de forma automática na casa. Ele sabe viver sob pressão, aliás, todo atleta profissional sabe.

De acordo com Duque, a inteligência emocional é uma habilidade aprendida e que se desenvolve por meio da busca ou das experiências. Para desenvolver é preciso estudo, dedicação, observação e disciplina.  Percebemos na Linn da Quebrada uma postura mais ativa do que reativa na casa, é uma observadora nata. Esse comportamento e postura deve estar diretamente ligada a história de vida e as suas experiências.

Já Natalia, que tem lidado com ataques a todo tempo, tem desenvolvido muitas habilidades emocionais para controlar seus impulsos, e se posicionar, além e isso torna-la mais forte, ganha o apoio do público, que, se identifica com momentos que também viveram momentos de rejeição. “É notório que Natália tem aprendido a lidar com suas emoções. Percebe-se que em muitos momentos seu humor incomoda os outros integrantes e com os ataques que sofre diariamente, obriga-se a controlar seus impulsos e pensar de forma racional e se posicionar após um ataque de forma coerente. A dor também e uma aliada” – finaliza o especialista.

O BBB é um laboratório para os olhares mais atentos entenderem sobre pessoas e emoções e como a inteligência emocional é importante para lidar com as adversidades da vida. Essa edição mostra a instabilidade presente no comportamento humano e como é rasa nossas observações a respeito do outro. Afinal, já existe algum mocinho ou vilão no programa? A dualidade do que é bom e ruim ainda é muito evidente entre eles e isso pode revelar muito mais do que esperamos.

Sobre Jonathan Duque:

Empresário do ramo de engenharia e beleza, tornou-se especialista em inteligência emocional  e comportamento humano após duas falências, e hoje ministra cursos e treinamentos para pessoas que precisam alavancar sua vida em diferentes áreas. Acaba de superar um câncer raro no apêndice, com menos de 5% de chances de cura e afirma que grande parte de sua superação para lidar com o tratamento sem se entregar foram as técnicas de inteligência emocional que aplica em seus curso. É idealizador do método JD de inteligência emocional.

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