O uso de dados e de novas tecnologias com o propósito de aprimorar a experiência dos clientes e, consequentemente, aumentar o engajamento e a fidelização têm sido amplamente debatidos no ambiente corporativo. Com um universo de informações e recursos cada vez mais robusto, o grande desafio é selecionar o que de fato é relevante para o negócio e definir como utilizá-los de forma assertiva e segura.

Assim como os demais segmentos, o mercado esportivo também está aquecido e tem investido em dados para promover experiências cada vez mais personalizadas aos consumidores. Inclusive, vale ressaltar, que as empresas ligadas aos esportes souberam explorar de maneira abrangente o uso de dados para engajar seus fãs. A NBA, por exemplo, passou a utilizar o Big Data para oferecer ao seu público uma experiência diferenciada e interativa durante os jogos. A associação integrou o seu aplicativo oficial com uma plataforma de mineração de dados para que os fãs de basquete tenham acesso em tempo real a informações detalhadas sobre a performance de cada jogador, análises dos principais lances e muito mais.

Com o auxílio da tecnologia, os torcedores têm à disposição um conteúdo diferenciado e personalizado, recheado de estatísticas, para tornar a experiência de assistir aos jogos ainda mais proveitosa e única. Resultado: o engajamento do público aumentou significativamente e as arenas estão sempre lotadas.

Crescimento exponencial dos eSports

Recentemente, o SEAT 2018, um dos maiores eventos de games do mundo, mostrou o crescimento exponencial desse mercado em particular. Globalmente, o segmento de esportes profissionais vale mais de US$ 90 bilhões. Isso abrange o esporte fantasy, mercadorias, franquias, vendas de bilhetes, enfim, toda a operação. Trata-se de um mercado com grande potencial para crescer a cada dia mais.

Alguns dos fatores responsáveis pelo seu desenvolvimento são o uso da gamificação e da digitalização. Segundo estimativas, em 2021 o número de espectadores e entusiastas de eSports, conhecidos como esportes eletrônicos, será de 250 milhões de pessoas. Aliás, os eSports serão uma modalidade oficialmente reconhecida nos Jogos Olímpicos do Japão, em 2020. Apesar de serem jogos eletrônicos, o público poderá acompanhar as competições ao vivo, nas arenas. Com isso, já podemos prever um aumento de marcas, estrelas, atletas, mídia e empresas de Analytics que irã brigar por fatias do mercado.

Aproveitando o boom dos eSports, marcas e gestoras de arenas esportivas têm buscado maneiras de melhorar a experiência dos fãs utilizando as realidades virtual e aumentada, mas, também, por meio da sinalização digital e das telas.Como o Fan Engagement Wall da Avaya,  um grande telão interativo que fica posicionado do lado de fora da Avaya Arena, San Jose, Estados Unidos, e permite que o público poste fotos e tweets relacionadas aos jogos, utilizando hashtags, que são exibidos no monitor, aumentando assim o engajamento – afinal, o público se reconhece por meio do conteúdo.

Investimentos para aprimorar a experiência dos usuários

Por meio do uso de dados, os analistas de eSports têm construído bases de fãs, canalização da mídia, venda de patrocínios, geração de rendimentos e assim por diante. Com essas informações, as análises sobre o comportamento dos fãs são mais assertivas e ajudam a prever o crescimento futuro do setor com mais exatidão.

As empresas estão atentas a como expandir mais suas vendas e a fidelização ao buscarem oferecer uma experiência de estádio realmente inteligente para que os fãs vivenciem o momento de maneira mais poderosas, com níveis de segurança maiores e por meio de uma nova inteligência que se torna parte do local de eventos, chegando ao ponto de prever e influenciar o comportamento dos consumidores.

Ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas o mercado esportivo largou na frente dos demais e já está colhendo os frutos de uma estratégia bem executada. Afinal, novas tecnologias aliadas ao uso inteligente de dados dá jogo e têm tudo a ver com experiência.