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Curitiba,25/04/2024

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Vitiligo: quais as principais características desta doença dermatológica?

Mesmo com tratamento, condição é frequente fonte de dúvidas, preconceitos e desinformação. No Brasil são mais de 1 milhão de portadores


Vitiligo: quais as principais características desta doença dermatológica? Doença aparece em pacientes com predisposição genética e costuma ser desencadeada a partir de gatilhos externos / Envato Elements

Embora ainda seja cercada de
estigmas e preconceitos, ao longo dos anos tem sido cada vez mais frequente
observarmos portadores de vitiligo deixando a vergonha para trás. Esta é uma
doença crônica e autoimune caracterizada pela perda da coloração da pele e
aparecimento de manchas devido à diminuição ou ausência de melanócitos, as
células que dão a cor da epiderme. Segundo a Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD), só no Brasil são aproximadamente 1 milhão de indivíduos
afetados pelo vitiligo. Ainda assim, nem todos compreendem exatamente quais são
os detalhes que permeiam a rotina de um portador desta condição.

A doença aparece em pacientes com
predisposição genética e geralmente é desencadeada a partir de gatilhos que
contribuem com a destruição dos melanócitos, principalmente traumas físicos
e/ou situações de estresse emocional. De acordo com o dermatologista
credenciado da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dr Eduardo
Schneider (CRM-PR: 44.228, RQE 26.929), é comum que pacientes portadores da
condição jamais manifestem a doença ou sequer tenham consciência de que a
possuem: “Há alguns genes implicados na predisposição ao vitiligo, porém não
quer dizer que tendo o gene a pessoa desenvolverá o problema se não tiver os
gatilhos ambientais”, explica. Segundo o especialista, cerca de 30% dos
pacientes diagnosticados possuem algum familiar com histórico positivo para
vitiligo.

A identificação dos sintomas da
doença é realizada de maneira simples, visual, mas o diagnóstico é feito a
partir de exame clínico levando em conta a localização e característica típica
das lesões. “Elas ocorrem geralmente em áreas de trauma como extremidades,
mãos, joelhos, cotovelos, face e na região genital, e dificilmente o paciente
desenvolve sintomas sistêmicos”, conta Schneider. Caso ainda restem dúvidas, o
médico pode realizar uma biópsia da área lesionada da pele a fim de observar a
ausência completa de melanócitos nas manchas brancas.

De acordo com o dermatologista, o
acompanhamento de um especialista é essencial desde os primeiros sintomas.
“Embora não seja possível prevenir o vitiligo, é importante consultar com o
médico dermatologista logo no início do aparecimento das lesões, já que existem
diferentes versões da doença e só um especialista poderá identificá-las e tratá-las
adequadamente”, explica.

Há duas classificações básicas de
vitiligo: a segmentar/unilateral ou a não segmentar/bilateral. Na classificação
segmentar ou unilateral a doença se manifesta em apenas uma parte do corpo. Em
pacientes mais jovens, inclusive, pelos e cabelos podem perder a coloração. Já
os casos de vitiligo tipo não segmentar ou bilateral são caracterizados por
ciclos de lesões que aparecem em áreas diversas do corpo e por períodos
específicos em que a doença se desenvolve. “Nestes casos, os ciclos tendem a
ocorrer por toda a vida. Há períodos de estabilização, mas a duração dos ciclos
e as áreas despigmentadas tendem a se tornar maiores com o tempo”, explica o
médico.

 

Estigmas
sociais

Infelizmente portadores de vitiligo
ainda sofrem com a desinformação e diversos preconceitos relacionados à doença.
Conforme pacientes começam a desenvolver as lesões típicas, muitos deles passam
a sofrer constrangimentos sociais e problemas de autoestima. É comum,
inclusive, que algumas pessoas pensem erroneamente que a doença é contagiosa,
evitando contato com os pacientes. Segundo Schneider, tais situações favorecem
o surgimento de casos de depressão e ansiedade: “Para nós, dermatologistas, é
de extrema importância tratar também a questão emocional do portador de
vitiligo. Além disso, é preciso deixar claro para as pessoas em geral que a
doença não é contagiosa de nenhuma forma”, afirma o especialista.

 

Cuidados
necessários

Apesar de não ser considerada uma
doença grave, a falta do pigmento melanina, produzido pelos melanocíticos,
torna as regiões da pele afetadas mais sujeitas a queimaduras, câncer de pele e
até envelhecimento precoce. Por isso o paciente que apresentar os sintomas deve
procurar atendimento especializado para iniciar os cuidados o mais cedo
possível.

Atualmente existem diferentes
tratamentos que oferecem resultados satisfatórios no controle da doença,
principalmente se adotados no início do aparecimento dos sintomas. Eles são
feitos com corticoides e tacrolimus, assim como imunossupressores orais como
metotrexato, além da opção de fototerapia.

É
necessário também se atentar aos cuidados com a pele, como o uso rotineiro do
protetor solar, e fazer um acompanhamento psicológico adequado, se necessário.
Não devem ser usadas roupas apertadas que provoquem atrito ou pressão sobre a
pele, além da diminuição da exposição ao Sol e controle do estresse.

 

Sobre a Paraná Clínicas































Fundada em 1970, a
Paraná Clínicas é referência em planos de saúde empresariais e também atua na
modalidade coletiva por adesão. Desde setembro de 2020, é operadora integrante
da SulAmérica, o maior grupo segurador independente do Brasil. Carrega a missão
de cuidar com excelência de empresas e pessoas, oferecendo como diferencial os
programas de saúde preventiva e promoção de qualidade de vida. Com uma
infraestrutura moderna e planejada em uma rede interligada, a Paraná Clínicas
conta com sete unidades próprias em Curitiba e Região Metropolitana, chamadas
de Centros Integrados de Medicina: CIM Araucária; CIM CIC - 24h; CIM Fazenda
Rio Grande; CIM Rio Branco do Sul; CIM São José dos Pinhais; CIM Unidade
Infantil - 24h (ao lado do Hospital Santa Cruz) e CIM Água Verde – onde também
operam o Hospital Dia, projetado para oferecer o que existe de mais moderno em
procedimentos eletivos, e o Centro de Infusão, estruturado para atender com
excelência os pacientes de oncologia, hematologia e reumatologia. Mais
informações em www.paranaclinicas.com.br.
 




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