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Curitiba,18/04/2024

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A maior empresa do Sul é a Bunge Alimentos. BRF segue na vice-liderança

No Paraná, a Copel segue sendo a número 1 do ranking

No ano em que a pandemia infectou de angústia e pessimismo todos os mercados, os números do ranking 500 MAIORES DO SUL trazem um alento. Os resultados das empresas sediadas no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul demonstram que, apesar de tudo, em 2020 elas conseguiram elevar seus indicadores de desempenho, como mostra o maior ranking regional de empresas do Brasil, lançado por AMANHÃ e PwC Brasil na noite desta quinta-feira (18) em um evento on-line que também coroou as principais companhias da região, 

Juntas, as 500 empresas faturaram em 2020 R$ 737,4 bilhões, valor 18,7% maior que o do exercício de 2019. Quem mais faturou foi a catarinense Bunge (R$ 50,5 bilhões), que também encabeça o ranking como a maior empresa do Sul pela terceira edição consecutiva. A soma dos patrimônios das 500 alcançou no ano passado R$ 394,2 bilhões, um avanço de 22,2%. Também em 2020, o lucro líquido das 500 saltou 41,7%, para R$ 71,6 bilhões. Itaipu Binacional (R$ 9,5 bilhões), Copel (R$ 3,9 bilhões) e Sicredi (R$ 3,3 bilhões) figuraram entre os lucros mais vistosos.

Em 2020, as companhias da região elevaram suas margens para 12%, ante 10,6% das duas edições anteriores. O prejuízo, no entanto, aumentou para R$ 6,2 bilhões – quase o triplo do prejuízo de 2019 (R$ 2,3 bilhões). Quase 40% dessa cifra negativa foi puxada pela Klabin, que amargou perdas de R$ 2,3 bilhões. Nesta edição de 500 MAIORES DO SUL, a maré vermelha atingiu 53 empresas – 12 a menos que no ranking anterior, com base em balanços de 2019.

“O ranking 500 MAIORES DO SUL sempre destacou a transparência das companhias do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul por aceitar apenas balanços publicados ou mesmo enviados por elas”, destaca Jorge Polydoro, publisher do Grupo AMANHÃ.

”Em nossa análise dos mais de 2 mil balanços de empresas da região Sul para a elaboração do ranking das 500 MAIORES DO SUL, pudemos perceber que o ano de 2020 foi um dos mais desafiadores dos últimos tempos. Com a entrada da crise gerada pela pandemia, ainda no primeiro trimestre do ano, as empresas tiveram de enfrentar uma série de dificuldades desde o aspecto logístico ao produtivo, o que inevitavelmente afetou suas performances e a economia como um todo. Porém, em contrapartida, também foi possível notar que aquelas companhias que fizeram o ‘dever de casa’, que estruturaram suas práticas de ESG, englobando governança, sustentabilidade, social e diversidade, saíram na frente e demonstraram resultados bastante positivos”, assinala Carlos Peres, sócio da PwC Brasil e líder da região Sul.

O Paraná consolida supremacia Seguindo uma tendência das últimas duas edições, o Paraná consolida supremacia em relação ao Rio Grande do Sul em indicadores importantes do ranking 500 MAIORES DO SUL. O conjunto das empresas paranaenses desponta com a maior soma de receitas e de lucros (veja os principais dados na tabela abaixo). As paranaenses também detêm o maior Valor Ponderado de Grandeza, principal critério de classificação do ranking desde sua criação, em 1991. Desenvolvido por PwC Brasil e AMANHÃ, o VPG resulta de uma ponderação dos três grandes números de um balanço: patrimônio (com peso de 50%), receita (40%) e lucro líquido (10%).

Entre os principais indicadores de 500 MAIORES DO SUL, o Rio Grande do Sul bate o Paraná e Santa Catarina na soma dos patrimônios. As representantes gaúchas têm um patrimônio total de R$ 153,4 bilhões, um pouco acima das paranaenses (R$ 143, 3 bilhões).

Já as empresas de Santa Catarina bateram as gaúchas em volume total de receitas líquidas pelo segundo ano consecutivo, só ficando atrás das paranaenses. Santa Catarina também é destaque por apresentar a menor média de endividamento (52,8%), ante 53,3% das representantes do Paraná e 55,5% das companhias do Rio Grande do Sul. A rentabilidade das catarinenses também é maior: 14,5% (frente a 11,4% das paranaenses e 10,2% das gaúchas). As representantes de Santa Catarina apresentaram a menor soma de prejuízos, R$ 200 milhões, frente a R$ 1,4 bilhão das gaúchas e R$ 4,6 bilhões das paranaenses.

O trunfo do Rio Grande do Sul se dá no ranking setorial, emplacando um número de empresas líderes superior ao do Paraná e de Santa Catarina quando computadas as campeãs por rentabilidade e por volume de vendas em cada setor: no total, são 13 líderes por receita e 11 pela margem. Entre as 500 Maiores, o Rio Grande do Sul também supera o Paraná em número de empresas: 185 contra 179. Santa Catarina tem 136. Nesta edição, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina contam com duas empresas a mais em cada estado, enquanto o Paraná perdeu quatro representantes.

"O ranking 500 MAIORES DO SUL, que a PwC realiza em parceria com o Grupo AMANHÃ há mais de três décadas, é um fiel raio-x da economia e do cenário corporativo na região Sul, servindo de base para diversas finalidades durante todo o ano. Nesta edição de 2020, ficou bastante claro como os apontamentos levantados no exercício de 2019, ou seja, antes da pandemia, se confirmaram, uma vez que a crise não foi capaz de afetar aquelas empresas que, resilientes, já estavam no caminho de um crescimento sustentável. O desafio das empresas agora é compreender o cenário pós-pandemia com todos os seus novos indicadores, como disrupções tecnológicas, divisões geopolíticas, mudanças climáticas, construindo confiança do mercado”, afirma Rafael Biedermann, sócio da PwC Brasil.

                  

Indicadores

PR

SC

RS

Soma dos VPGs* (em R$ bi)

182,0

146,0

170,6

Receita líquida (em R$ bi)

270,2

238,1

229,1

Patrimônio (em R$ bi)

143,3

97,5

153,4

Lucro líquido (em R$ bi)

28,1

19,6

23,9

Prejuízo (em R$ bi)

(4,6)

(0,2)

(1,4)

Número de empresas

179

136

185

(VPG: Valor Ponderado de Grandeza. Resulta da soma de patrimônio (com peso de 50%), receita líquida (40%) e resultado líquido do exercício (10%).

 

Sobre o critério de classificação das empresas – Para revelar quem é quem entre as empresas do Sul, a Revista AMANHÃ e a PwC Brasil construíram um indicador exclusivo: o Valor Ponderado de Grandeza (VPG). O índice reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas, a partir de um cálculo que considera os três grandes números de um balanço: patrimônio líquido (que tem peso de 50% no cálculo do VPG), receita líquida (40%) e lucro líquido ou prejuízo (10%).

 

As Top 10              

A Bunge, pela terceira edição consecutiva, lidera o ranking. A vice-líder BRF segue no retrovisor, mas a diferença, que era de menos de R$ 1 bilhão no principal indicador do ranking, o Valor Ponderado de Grandeza, aumentou para R$ 4 bilhões. Como revela o quadro a seguir, Rumo e Itaipu Binacional entraram no Top 10, deixando o Banrisul na 12ª posição e a Klabin em 14º lugar.   

Os dez maiores VPGs do Sul

2020

2019

Grupo/Empresa

UF

R$ Milhões

1

1

Bunge Alimentos

SC

           24.334,33

2

2

BRF

SC

           20.333,65

3

3

Copel e Controladas

PR

           17.969,53

4

4

Sicredi – Consolidado

RS

           15.676,03

5

5

WPA Participações e Serviços S/A (Weg)

SC

           15.405,53

6

6

Coamo – Agroindustrial Cooperativa

PR

           10.767,73

7

11

Rumo S/A

PR

           10.465,09

8

8

Engie Brasil Energia S/A

SC

              9.054,39

9

13

Itaipu Binacional

PR

              8.610,84

10

10

Yara Brasil Fertilizantes S/A

RS

              7.872,77

 

 

 

Os dez maiores patrimônios do Sul

Pos.

Grupo/Empresa

UF

Patrim. Líquido

1

Sicredi – Consolidado

RS

                      20.557,68

2

Copel e Controladas

PR

                      20.250,52

3

WPA Participações e Serviços S/A (Weg)

SC

                      15.951,43

4

Rumo S/A

PR

                      15.296,33

5

CMPC

RS

                      12.711,14

6

BRF

SC

                         8.813,53

7

Banrisul – Banco do Estado do RS

RS

                         8.346,22

8

Bunge Alimentos

SC

                         7.928,87

9

CGTEE – Cia. Ger. Térm. Energ. Elétr.

RS

                         7.819,68

10

Engie Brasil Energia S/A

SC

                         7.742,00

 

 

Os 10 maiores faturamentos do Sul

Pos.

Grupo/Empresa

UF

Receita Líquida

1

Bunge Alimentos

SC

                     50.519,43

2

BRF

SC

                     39.469,70

3

Coamo – Agroindustrial Cooperativa

PR

                     18.859,81

4

Copel e Controladas

PR

                     18.633,25

5

Itaipu Binacional

PR

                     18.494,77

6

WPA Participações e Serviços S/A (Weg)

SC

                     17.807,58

7

Yara Brasil Fertilizantes S/A

RS

                     16.016,16

8

Coopercentral Aurora

SC

                     13.402,16

9

Sicredi – Consolidado

RS

                     12.663,11

10

C.Vale – Coop. Agroindustrial

PR

                     12.443,55

 

Os dez maiores lucros líquidos do Sul

Pos.

Grupo/Empresa

UF

Lucro Líquido

1

Itaipu Binacional

PR

                    9.531,02

2

Copel e Controladas

PR

                    3.909,75

3

Sicredi – Consolidado

RS

                    3.319,44

4

WPA Participações e Serviços S/A (Weg)

SC

                    3.067,80

5

Engie Brasil Energia S/A

SC

                    2.797,27

6

CGTEE – Cia. Ger. Térm. Energ. Elétr.

RS

                    1.873,76

7

Corsan

RS

                    1.814,39

8

Bunge Alimentos

SC

                    1.621,23

9

BRF

SC

                    1.390,07

10

Coopercentral Aurora

SC

                    1.297,23

 

Os dez maiores prejuízos do Sul

Pos.

Grupo/Empresa

 

Lucro Líquido

1

Klabin S/A

PR

                 (2.389,49)

2

CMPC

RS

                     (644,38)

3

Renault do Brasil

PR

                     (583,07)

4

Primav Infraestrutura S/A

PR

                     (574,48)

5

Durski Indústria e Comércio S/A (Madero)

PR

                     (267,57)

6

Yara Brasil Fertilizantes S/A

RS

                     (151,65)

7

Adama

PR

                     (151,43)

8

Assoc. Paran. Cultura (PUCPR)

PR

                     (108,95)

9

Trensurb

RS

                     (106,01)

10

TCP Participações S/A

PR

                        (92,54)

 

As líderes setoriais

Setor

A maior

A mais rentável

Agropecuária

Camil Alimentos (RS)

NPP Agropecuária (PR)

Alimentos e Bebidas

Bunge Alimentos (SC)

Alibem Alimentos (RS)

Automotivo

Renault do Brasil (PR)

ZM (SC)

Comércio - Atacado e Varejo

Grupo Havan (SC)

Ticket Soluções HDFGT (RS)

Comércio Exterior

Bianchini S/A (RS)

CPA Trading S/A (PR)

Comunicação, Edit. e Gráfica

S+ Participações S/A (RBS) (RS)

43 S/A Gráfica e Editora (SC)

Construção e Imobiliário

Grupo Plaenge (PR)

Refinadora Catarinense (SC)

Cooperativa de Produção

Coamo (PR)

Coopercentral Aurora (SC)

Couro e Calçados

Calçados Beira Rio S/A (RS)

Fuga Couros (RS)

Educação

PUCRS (RS)

UCE (Colégio Paranaense) (PR)

Eletroeletrônicos

Whirlpool S/A (SC)

Grupo Digicon (RS)

Energia

Copel (PR)

Integração Maranhense Transmissora de Energia S/A (PR)

Financeiro

Sicredi – Consolidado (RS)

Credicoamo (PR)

Higiene e Limpeza

Liderança Serviços (SC)

Memphis (RS)

Informática e Automação

Getnet Adquirência e Serv. para Meios de Pagamento S/A (RS)

Promob Softwares S/A (RS)

Madeira e Cultivo Florestal

Berneck S/A Painéis e Serrados (PR)

Pinus Taeda Florestal S/A (PR)

Máquinas e Equipamentos

WPA Participações e Serviços S/A (Weg) (SC)

Silmaq S/A (SC)

Material de Construção

Grupo Tigre (SC)

Ceusa (SC)

Metalurgia

Grupo Tramontina (RS)

Plaxmetal Ind. de Cadeiras Corporativas S/A (RS)

Móveis

Grupo K1 S/A (RS)

Todeschini S/A (RS)

Papel e Celulose

Klabin S/A (PR)

Ibema Participações S/A (PR)

Petróleo e Petroquímica

Refinaria de Petróleo Riograndense (RS)

Flexpetro Distrib. de Derivados de Petróleo S/A (PR)

Plástico e Borracha

Évora (RS)

Sul Brasil Ind. Com. Acess. Plást. Metal S/A (SC)

Química

Yara Brasil Fertilizantes S/A (RS)

Renner Herrmann S/A (RS)

Saúde

Unimed Porto Alegre (RS)

Cabergs Saúde (RS)

Serviços Públicos

Sanepar (PR)

Corsan (RS)

Siderurgia e Mineração

Arcelor Mittal Gonvarri Brasil (PR)

Arcelor Mittal Gonvarri Brasil (PR)

Têxtil e Confecções

Cia. Hering (SC)

Cia. Hering (SC)

Transporte e Logística

Rumo S/A (PR)

Cattalini Term. Marítimos (PR)

500 EmergentesNo ranking das aspirantes a voltar ao primeiro pelotão das 500 MAIORES DO SUL, a primeira candidata é a paranaense Crasa Infraestrutura, a 419ª colocada no ranking passado. Com patrimônio de R$ 112 milhões, receita líquida de R$ 109,8 milhões e lucro de R$ 6,2 milhões, a companhia de Curitiba soma um VPG de R$ 100,5 bilhões. Entre as dez primeiras estão ainda outras duas empresas de Santa Catarina, quatro do Paraná e quatro do Rio Grande do Sul.

Posição

Grupo/Empresa

UF

VPG

501

Crasa Infraestrutura

PR

       100,59

502

Solo Network Brasil S/A

PR

       100,43

503

Renovadora de Pneus Hoff S/A

RS

        99,87

504

BR Arbo Gestão Florestal

RS

        99,50

505

Intral S/A

RS

        99,48

506

Brasceras S/A Indústria e Comércio

PR

        99,45

507

Term. de Veículos de Santos

SC

        98,57

508

Interbrasil Comercial Exportadora S/A

SC

        98,17

509

Stahl Brasil S/A

RS

        97,87

510

Comp. e Lam. Lavrasul S/A

PR

        97,85





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