Uma das principais formas de evitar o
contágio de doenças respiratórias é diminuir os encontros e interações físicas
entre pessoas, medida que recebe o nome de isolamento social. Junto ao uso de
máscaras de proteção e à higienização constante das mãos, o distanciamento e o
isolamento entre as pessoas foram adotados como uma das medidas para conter o
avanço da COVID-19.

O isolamento social consiste em
reduzir ou zerar o número de encontros com pessoas, mesmo conhecidas, não sair
para locais que não sejam essenciais e evitar 
aglomerações de qualquer tipo. Todas essas mudanças significam,
consequentemente, passar mais tempo em casa.

Aumentar o tempo gasto no ambiente
doméstico fez muita gente, por exemplo, buscar um melhor apartamento para morar na
região em que vivia, realizar reformas em casa e até mesmo mudar de cidade
pensando nessa nova rotina imposta, que exige uma relação mais profunda com o
lar.

De acordo com um levantamento feito
pelo aplicativo GetNinjas, do setor de serviços, entre março e maio de 2020, a
procura por arquitetos cresceu 112% em relação aos mesmos meses de 2019. Esse é
apenas um exemplo de como a pandemia afetou a relação que as pessoas têm com
seus lares. Todos precisaram e seguem precisando se adaptar aos compromissos e
ao lazer dos moradores.

Atividades
adaptadas ao ambiente doméstico

Com a dimensão global do problema, a
imposição do isolamento veio também por fatores externos, não dependendo apenas
dos moradores. Escolas liberaram alunos para estudar em casa, empresas migraram
para o modelo de trabalho remoto e até mesmo atividades cotidianas, como as
práticas esportivas, precisaram ser adaptadas para a realização em casa.

Esse processo forçou os lares a se
tornarem espaços híbridos e multifuncionais, já que precisariam atender às
demandas de todos os moradores. Mudanças estruturais, como reformas para
aumentar a iluminação e a ventilação, e alterações na decoração e organização
dos cômodos, foram algumas das consequências diretas da pandemia em casas e
apartamentos.

Trabalho

Quem já havia experimentado o
trabalho remoto, conhecido como home
office, sabe que trabalhar em casa exige alguns ajustes. Com a pandemia,
muitos trabalhadores se viram nessa situação e precisaram criar um espaço
específico para o trabalho em casa ou mesmo esquematizar o trabalho em outros
cômodos, como a sala ou o quarto.

As mudanças são ligadas ao conforto e
às condições de trabalho: ter uma mesa com espaço suficiente, utilizar uma
cadeira ergonômica, receber iluminação adequada, contar com bom acesso à
internet e ter silêncio. Para isso, muitos moradores tiveram de adquirir novos
móveis, trocar pacotes de internet e até fazer reformas relacionadas à entrada
de luz ou ao isolamento sonoro das paredes.

Estudo
infantil

O mesmo acontece com a necessidade de
estudo infantil no ensino à distância. Muitas crianças passaram a receber
atividades da escola pela internet ou por outros meios, para serem realizadas
em casa. Com isso, é necessário que elas tenham um espaço tranquilo para
estudar, além do auxílio dos pais ou outros responsáveis. Especialmente para as
crianças, que podem ter dificuldade em compreender a situação, é importante
estabelecer uma rotina e adaptar o cômodo de estudo em casa.

Exercícios
físicos

Com academias fechadas e muitas
atividades esportivas paralisadas, foi necessário adaptar a prática de
atividades físicas em casa. A relação dos moradores com os quartos e salas
passou a ser não só de descanso ou lazer, mas também de cuidados com a saúde.
Com alguns empurrões de móveis, alguns cômodos se tornaram espaços para a
prática de yoga, dança, treinos funcionais e pilates. Moradores também
apostaram em utensílios para atividade, como bicicletas ergométricas, cordas e
pesos.

Novos
espaços na casa

A pandemia também criou novos espaços
na casa, que nem sempre existiam nos lares. É o caso do espaço de higienização,
uma área próxima à entrada da casa onde devem estar disponíveis produtos para a
higienização de mãos, roupas e sapatos.

Outro espaço que ganhou destaque nas
casas foram jardins e hortas, já que o cuidado com as plantas se tornou um
hobby para muitas pessoas no período de isolamento.

Mudança nas formas de lazer                                    

Com a ausência de encontros sociais,
saídas para restaurantes e outras formas de entretenimento, como shows e
cinema, os moradores precisaram adaptar suas casas para novas formas de lazer.
Quartos mais confortáveis e escuros para fazer uma sessão de cinema em casa,
inclusão de redes e pufes na sala para descanso e até mesmo novos dispositivos
eletrônicos, como o videogame, são exemplos de como o lar passou a significar
também um espaço de lazer, prazer e diversão.