Fundos Imobiliários: como escolher um para investir
Fundos de investimentos imobiliários (FIIs) tem se tornado soluções que oferecem facilidade para o investidor, devido a seu funcionamento. A ideia de investir no setor imobiliário, a partir do montante de um grupo de participantes de um fundo, sem a necessidade de comprar individualmente um imóvel, é uma das vantagens desse produto financeiro.
Criados na década de 1990, pela Lei nº 8.668/93, os FIIs são regulamentados pela Instrução 472/08 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O órgão regula o funcionamento e a oferta de cotas públicas, por meio do registro de instituições financeiras.
Para investir em um FII, basta que o interessado adquira uma única cota do fundo. Caso conte com mais recursos, o investidor pode aumentar sua participação, o que tende a gerar resultados mais expressivos com o tempo. Esse tipo de solução funciona de maneira simples, bastando acessar o Home Broker da corretora de valores e adquirir cotas quando elas estiverem disponíveis.
Motivos para optar pelos FII’s
Fundos imobiliários permitem que um investidor obtenha benefícios com a participação em grandes negócios, como shoppings e galpões logísticos, algo difícil de ser conquistado individualmente. Esse tipo de produto financeiro representa uma diversificação da carteira para investidores que ainda não aplicam em imóveis.
Investir em FII - ou em qualquer outro fundo colaborativo - tem a vantagem de contar com a atuação especializada de gestores profissionais para decidir como o montante será aplicado. Segundo a CVM, FIIs devem ser administrados por instituições financeiras autorizadas pelo órgão, que serão responsáveis pela gestão dos ativos, pela divulgação de informações a acionistas e pela distribuição dos resultados.
Esses são três pontos que guiam a escolha pelo melhor fundo. O interessado em investir deve procurar conhecer o fundo, entender quem é responsável pela gestão e obter informações sobre os resultados.
Primeiro passo: conhecer o fundo
Buscar informação antes de aplicar é a regra número um em qualquer projeto no setor financeiro. A pesquisa diferencia o investidor que obtem resultados daquele que perde dinheiro no mercado de renda variável.
Em relação a FIIs, a orientação é que o investidor o compreenda como um mercado de ações, em que é importante saber em que se está investindo e qual projeto de renda, desenvolvimento, compra e venda, papel ou fundo de fundos tem potencial de valorização. Torna-se necessário também compreender que há exposição ao risco, natural para esse tipo de mercado, segundo a CVM.
O ideal é o interessado se informar a respeito dos ativos presentes no fundo e saber se eles são compatíveis com as características do investidor. Questões como exposição ao risco, por exemplo, podem ser analisadas a partir de informações apresentadas por quem faz a intermediação entre o fundo e o cliente.
Questões como a liquidez do fundo merecem atenção, uma vez que ela permite ao interessado negociar com maior facilidade sua participação no negócio quando julgar interessante.
Segundo passo: entender quem se responsabiliza pela gestão
É uma característica dos FIIs atribuir a administração do fundo a um gestor profissional. Esse é um diferencial para investidores sem maior experiência, uma vez que dessa forma eles podem ter acesso a grandes projetos mesmo sem entender sobre o mercado.
Porém, não é indicado confiar cegamente nos serviços de qualquer pessoa. Com o crescimento do mercado de renda variável e a popularidade cada vez maior de FIIs, saber identificar se um gestor realmente pode trazer resultados para o fundo tem se tornado ainda mais importante.
Isso pode ser feito quando o investidor procura se informar a respeito não só das habilidades e competências do profissional escolhido para a função, mas também de sua trajetória profissional.
Mensalmente, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) publica rankings de administradores e de gestores de fundos de investimento por classe. No documento, é possível visualizar quais instituições obtêm os melhores resultados em FIIs por exemplo.
Terceiro passo: conhecer os resultados do FII
Por fim, é preciso observar dois elementos em especial: o preço do fundo e sua rentabilidade. A ideia é que ambos estejam de acordo com o mercado e com aquilo que o investidor espera.
Para que o investimento não se torne uma espécie de loteria, o mais indicado é o interessado procurar saber o que está por trás do comportamento do FII no mercado, de maneira a identificar se existe maior ou menor tendência para valorização.
É importante que a relação entre o preço do ativo e a rentabilidade esperada faça sentido com o potencial do FII. A sugestão é observar o histórico de rentabilidade do fundo nos últimos anos, para que a decisão de investir sob as condições apresentadas seja fundamentada com critérios.
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