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Curitiba,25/04/2024

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Desperdício de alimentos chega a 17% ao redor do mundo, segundo ONU

Cerca de 931 milhões de toneladas de alimentos foram desperdiçados ao redor do mundo, e a maior parte deste montante vem de residências


Desperdício de alimentos chega a 17% ao redor do mundo, segundo ONU

Segundo o Índice de Desperdício de Alimentos 2021, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em parceria com a WRAP, no Reino Unido, cerca de 931 milhões de toneladas de alimentos foram para o lixo de residências, varejistas, restaurantes e outros serviços alimentares ao redor do mundo. Só para termos uma noção, este montante equivale a 23 milhões de caminhões carregados com 40 toneladas cada, e que, segundo a entidade, poderiam dar a volta ao mundo sete vezes.

Foram observadas 152 unidades em 54 países ao redor do mundo, evidenciando que o desperdício ocorre em todos os níveis de renda, excluindo o argumento de que isso se dá apenas em nações mais desenvolvidas. Este estudo levou em consideração as partes comestíveis e não comestíveis dos alimentos, como ossos e conchas.

Surpreendentemente, o relatório revela que grande parte do desperdício é derivada de residências, com 11% do total de alimentos descartados, enquanto os restaurantes figuram entre 5% e os estabelecimentos varejistas em 2%. Se colocarmos estes dados em níveis per capita, são 121 quilos de alimentos jogados no lixo – deste montante, o consumidor é responsável por 74 quilos.

O alto índice de desperdício tem impactos sociais, econômicos e, principalmente, ecológicos. Segundo a pesquisa, cerca de 8% a 10% dos gases emitidos que contribuem para o efeito estufa são derivados desses alimentos que poderiam ser reutilizados.

Ainda segundo a ONU, ao longo de 2019, um total de 690 milhões de pessoas foram afetadas pela fome, e, com a pandemia de Covid-19, este número deve crescer ainda mais. Indo mais além, três bilhões de pessoas não conseguem custear uma dieta saudável, segundo a entidade.

Segundo a diretora-executiva Pnuma Inger Andersen, a redução de desperdício de alimentos ajudaria a diminuir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, além de aumentar a disponibilidade de comida a nível mundial, reduzindo a fome, e ainda daria uma oportunidade de economizar dinheiro em um período de recessão global.

“Se quisermos levar a sério o combate à mudança climática, à perda da natureza e da biodiversidade, à poluição e ao desperdício, empresas, governos e cidadãos de todo o mundo devem fazer a sua parte para reduzir o desperdício de alimentos”, disse Andersen, ao destacar que a Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU tem nas mãos uma oportunidade única de implementar ações mais ousadas para o enfrentamento deste problema a nível mundial.

No relatório, uma das sugestões apontadas seria a inclusão do desperdício de alimentos nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCS, na sigla em inglês), no âmbito do Acordo de Paris, fortalecendo a segurança alimentar e a redução dos custos para as famílias. O documento ainda defende que o tema seja declarado como uma das principais estratégias para a recuperação da pandemia.

Uma das formas de ajudar no combate ao desperdício é procurar novas receitas que possam ser preparadas com ingredientes presentes em sua geladeira. Desta forma, além de estar ajudando na diminuição do descarte de alimentos, estimulará o uso da criatividade na cozinha, a diminuição do volume de compras mensais e ainda irá proporcionar momentos especiais com toda a família. 




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