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Curitiba,19/04/2024

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Projeto Happy Mind promove meditação para o ambiente escolar

A iniciativa é ministrada pela coach de yoga Adriane Lafemina e visa incorporar novas competências na rotina escolar com um programa que favorece o cultivo de equilíbrio por meio de práticas sequenciais e progressivas de meditação

Muitas áreas foram diretamente impactadas pela pandemia da Covid-19, entre elas a da educação em que professores e alunos precisaram se adaptar a uma nova realidade com aulas virtuais. Esta rotina diferente somada ao medo e apreensão sobre as incertezas do novo vírus gerou e potencializou sensações como frustração, ansiedade e estresse. A retomada das aulas será um desafio, pois cada aluno, professor e funcionário retornará com uma carga emocional distinta. Pensando nisso, a educadora física e coach de Yoga Adriane Lafemina criou o projeto “Happy Mind” que incorpora a meditação na rotina escolar, para que na etapa final o corpo docente seja o facilitador da prática meditativa aos alunos.

“Trabalhei em escolas por mais de 10 anos como professora de educação física, além disso, sou mãe e tenho uma filha de 16 anos no ensino médio, então comecei a refletir sobre como a pandemia pode estar afetando tantos os professores quantos os funcionários das escolas. Pensei como a meditação poderia fortalecer a inteligência emocional dentro desse ambiente e ajudar os docentes e alunos a se equilibrarem emocionalmente para a volta das aulas presenciais. Além de entender as emoções que eles sentiram nesse processo de isolamento”, afirma Adriane.

Os encontros acontecem primeiramente com a equipe pedagógica e os colaboradores, com palestras, workshops e encontros para a prática da meditação, via zoom ou presenciais. Na segunda etapa são feitas palestras para pais e alunos do ensino médio e fundamental, vivências lúdicas com a educação infantil e encontros para prática de meditação. Na última etapa a equipe pedagógica passará por um programa de treinamento para que possam ser os facilitadores da prática meditativa para os alunos. 

O projeto foca principalmente no corpo docente, o qual trabalha diretamente com as crianças e adolescentes. “Eles precisam estar bem para receber as crianças com essa gama de emoções. As vezes o adulto finge que está tudo bem e internamento não está. É importante pensar no adulto para eles estejam preparados emocionalmente para receberem as crianças nesse retorno”, explica a idealizadora do projeto.

Todos os tipos de meditação seguem os princípios básicos que é acalmar a mente e silenciar, a reflexão, o relaxamento a contemplação. Assim, cada indivíduo escolhe o que mais lhe atrai. A meditação guiada, por exemplo, é realizada com uma segunda pessoa dando os comandos. Há ainda a meditação budista, hinduísta, cristã, do yoga, e o mindfulness. Os benefícios da prática são inúmeros, e podem ser percebidos também no corpo como a sensação de relaxamento e bem-estar, melhora do sono, e a melhor capacidade de resolução de problemas. Além de auxiliar no desenvolvimento da inteligência emocional.

Adriane conta que intuito final é ensinar a meditação até que as pessoas consigam fazê-la sozinhas. “O objetivo é inserir na rotina diária. Por exemplo, se uma adolescente fica nervosa antes de uma prova, então a prática da respiração profunda pode acalmar a mente, melhorar a atenção e ajudar a lembrar o conteúdo. Meditar aumenta a capacidade de atenção das crianças, ajuda a lidar com as emoções e entender que sentir é normal, mas que é essencial saber distinguir que eles não são aqueles sentimentos e sim que apenas estão. A vida das crianças e adolescentes hoje em dia é cheia de estímulos para todos os lados, e elas também sofrem com ansiedade, o que pode causar problemas na concentração, e as práticas meditativas as ajudam a entrar em contato com elas mesmas”.

Para alguns, meditação pode significar “não pensar em nada”, mas é uma ferramenta extremamente importante para o equilíbrio mental. “O maior desafio é a resistência das pessoas por acharem que a meditação está ligada a uma religião ou filosofia. Meditar significa pensar e refletir profundamente sobre alguma coisa, ponderar. Estar em medicação é conseguir manter a atenção plena em apenas uma coisa. Continuar com pensamentos é normal, mas o intervalo entre eles será maior até conseguir focar totalmente naquilo que sendo mantido como âncora, que pode ser por exemplo a respiração”, finaliza Adriane.




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