Professores da UEPG se unem contra a Reforma da Previdência na Greve Geral nesta sexta-feira
O
SINDUEPG (Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa) está
com uma agenda de ações para amplificar a mobilização desta sexta-feira,
engrossando a Greve Geral de 14 de Junho chamada pelas centrais sindicais de
todo o Brasil. As atividades agendadas pelos professores da UEPG se somam à programação da Frente Ampla
Democrática (FAD), que reúne trabalhadores, estudantes e movimentos sociais e
sindicais na mobilização contra a Reforma da Previdência e os cortes na educação
superior.
“Essa greve foi chamada por todas as
centrais sindicais do País com o objetivo de combater a Reforma da Previdência,
porque entendemos que é um ataque ao direito à aposentadoria. Na nossa percepção, se
o Brasil está em crise, são outras formas que devem ser escolhidas para superar
essa crise. E os municípios do interior do Brasil, a exemplo de Ponta Grossa,
vão sofrer drasticamente com a Reforma da Previdência, porque vai tirar muito
dinheiro da economia das cidades. Aquilo que momentaneamente pode parecer uma
economia vai ser um prejuízo principalmente para as pequenas e medianas cidades
do interior do Brasil”, esclarece o professor Arcelio Benetoli,
integrante da direção do SINDUEPG.
A programação tem início às 7 horas, com um Piquete
Unificado, envolvendo professores, funcionários e estudantes, participações
manifestas através da aprovação unânime pela adesão à Greve Geral em assembleias do
SINDUEPG, Sintespo (Sindicato dos Técnicos e Professores da UEPG) e DCE (Diretório Central dos Estudantes),
respectivamente. A concentração será nos campi Uvaranas (portal) e Central
(entrada do Restaurante Universitário, pela Rua Penteado de Almeida) e contará com
um café solidário,
onde os presentes são convidados a contribuir para o lanche a gosto.
Às 9 horas, os grupos se unem
ao 1º Ato Unificado da Frente Ampla Democrática (FAD) na Praça dos Polacos, que
fará, em seguida, a 1ª Marcha da Greve Geral em direção ao Parque Ambiental. A
previsão é que o movimento reúna participação expressiva dos
trabalhadores, uma vez que as mais diversas categorias estarão presentes em
mobilização. Para o período da tarde estão programadas atividades culturais na
Praça da Igreja dos Polacos, com música, poesia, produção de cartazes e concentração.
Às 17h30, professores, funcionários
e estudantes se concentram novamente em piquete unificado no Campus Central, na
entrada do RU. E, às 19h30, adesão à 2ª Marcha da Greve Geral, com
saída da Igreja dos Polacos até o Parque Ambiental.
Além das a questões de âmbito federal, o SINDUEPG
defende uma pauta de mobilização mista, com reivindicações também na esfera estadual.
"Aqui no Paraná os servidores estaduais estão com defasagem salarial por
conta da não reposição
das perdas inflacionárias desde janeiro de 2016 acima de 17%. Isso significa
que se você precariza a condições de trabalho do servidor público,
isso impacta diretamente no serviço público. Por isso, nós lutamos também pela reposição salarial de
todo o funcionalismo público. Dinheiro nós sabemos
que há, sim. Mas
os recursos têm uma destinação que não é o que entendemos como
prioridade. Sabemos que 44% de todo o orçamento da União é destinado ao pagamento de juros e amortização
da dívida pública. Ou seja, esse sistema irracional da dívida pública é o que drena todos os recursos
públicos, o que exclui os serviços públicos de qualquer prioridade dentro do
Governo”, enfatiza o presidente do SINDUEPG, Marcelo Ubiali Ferracioli.
Educação e saúde em foco
Arcelio Benetoli destaca que, aliada
à luta
contra a Reforma da Previdência, há a defesa da educação pública. "Somos
defensores irrestritos da educação pública e gratuita. Toda a sociedade
consegue perceber que a Universidade Estadual de Ponta Grossa traz benefício social,
cultural, científico
e econômico muito grande para os Campos Gerais. Defender a Universidade é um dever de toda a sociedade.
Chamamos toda a sociedade a aderir conosco às atividades desta
sexta-feira de 14 de Junho, paralisando tudo para dizer em alto em bom tom que
nós não
vamos aceitar nenhum ataque à aposentadoria e à Educação Pública”, analisa.
Benetoli argumenta ainda que os
ataques sofridos pela educação pública, tanto em âmbito federal quanto estadual, atingem
diretamente a saúde pública. “Com os cortes, as Universidades são afetadas. Mas
isso não significa somente Educação, tem a ver com Saúde
também, porque
os recursos repassados aos Hospitais Universitários, que atendem gratuitamente
a população que mais precisa, também estão sendo cortados. Quem sofre com isso é a
população que
mais precisa dos serviços públicos”, esclarece.
Programação
Greve Geral #14J
7h -
Piquete Unificado (professores, funcionários e estudantes) nos campi Uvaranas
(portal) e Central (entrada do RU, pela Rua Penteado de Almeida)
Café Solidário (solicitamos a
contribuição solidária para o lanche a gosto)
9h -
Adesão ao 1º Ato Unificado da Frente Ampla Democrática - Concentração na Praça dos Polacos
10h -
1ª Marcha da GREVE GERAL (da Praça da Igreja dos Polacos para Parque
Ambiental)
17h -
Adesão às atividades culturais da Frente Ampla Democrática (música, poesia,
produção de
cartazes e concentração) na Praça da Igreja dos Polacos
17h30
- Piquete Unificado (professores, funcionários e estudantes) no Campus Central
(entrada do RU, pela Rua Penteado de Almeida)
19h30
- Adesão à 2ª Marcha da GREVE GERAL (saída da Igreja da Praça dos
Polacos até Parque Ambiental)
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