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Curitiba,28/03/2024

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Indústria do Paraná terá menos prejuízo com feriados em 2019

De acordo com a Fiep, o impacto dos dias não trabalhados será 39% menor que no ano passado


Indústria do Paraná terá menos prejuízo com feriados em 2019

O ano deve ser mais produtivo para a indústria do Paraná em 2019. Pelo menos no que se refere à quantidade de dias trabalhados e às paradas em função de feriados e emendas do calendário nacional, que devem ser menores. Serão 254 dias úteis este ano, contra 251 do ano passado, e 249, de 2017. Parece pouco, mas isso representa um impacto 39% menor na produção industrial ao longo do ano em relação à registrada em 2018.

Em valores, as perdas com feriados e emendas, quando os dias não-trabalhados caem em terças e quintas-feiras, chegaram a R$ 4,8 bilhões em 2018. A previsão para este ano, segundo a Fiep, é de R$ 2,9 bilhões. Se considerados apenas os feriados em dias úteis, o valor, no Paraná, cai para R$ 2,277 bilhões, ou seja, dois dias a mais de interrupção podem representar uma perda adicional de R$ 650,6 milhões. O estudo segue a metodologia de uma pesquisa anual desenvolvida pela Firjan, do Rio de Janeiro.

As paralisações da atividade produtiva em feriados elevam os custos da indústria. Isso porque interrompem o trabalho na maioria das fábricas ou aumentam os custos das que mantêm processos de produção contínuos, como as petrolíferas e siderúrgicas, por exemplo, que funcionam 24 horas. “Na maioria, o custo da mão-de obra do trabalhador praticamente dobra nos dias de feriado, elevando também os encargos. Sem contar que estamos falando apenas dos feriados nacionais, há ainda o acréscimo dos municipais e estaduais nesta conta”, explica o economista da Fiep, Evânio Felippe.

O ano terá 11 feriados nacionais, dois deles com possibilidades de emendas. A terça-feira de Carnaval, em 5 de março, e Corpus Christi, em 20 de junho. Em outras cidades do estado ainda é necessário contabilizar os feriados municipais. Mas, na capital, o Dia de Nossa Senhora das Luz dos Pinhais, 8 de setembro, cairá num domingo, sem prejudicar a atividade industrial. “De forma geral, estas interrupções são significativas, chegando a representar 3,54% do PIB industrial. Outro fator é que estes dias também impactam nos custos operacionais das empresas, comprometendo ainda mais a produtividade do setor”, acrescenta.

A aprovação da reforma trabalhista, em 2018, pode acabar com parte da perda do setor produtivo, principalmente no que se refere às emendas de feriados. A legislação sugere que, quando o feriado ocorrer em terças ou quintas-feiras, que seja substituído por segundas ou sextas, dias mais próximos dos fins de semana, acabando de vez com o dia adicional de folga. Este é uma alternativa viável para diminuir os custos de gestão dos programas de compensação de horas de trabalho. “Mas é necessário que a mudança esteja prevista na negociação coletiva da categoria. Uma vez instituída, ajudaria ainda mais a reduzir as perdas do setor produtivo, contribuindo com o processo de retomada de crescimento da atividade industrial do país”, conclui o economista.




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