As exportações de carne bovina seguem em bom ritmo, enquanto o consumo interno segue lateralizado. A maior oferta de animais permite a indústria testar preços abaixo da referência.
Segundo os dados do MDIC, divulgados na tarde de ontem (22/out), os embarques de carne bovina in natura acumularam 95,1 mil toneladas nos primeiros 14 dias úteis deste mês. Se a média diária se repetir nos próximos dias, as exportações chegarão a 149,4 toneladas, registrando o segundo maior volume histórico já embarcado em um mês.
O ótimo desempenho das exportações oferece importante suporte às cotações domésticas, especialmente com a lenta recuperação do consumo interno.
A demanda intensa não pressiona frigoríficos a originar animais com maior avidez. Há cautela sobre o acúmulo de estoques pela indústria, posto o lento ritmo de reposição entre atacado e varejo. A sazonalidade mensal do consumo de carne bovina mostra que, nos últimos dias do mês, há uma queda do consumo no varejo.
No atacado, houve recuo dos preços. Ontem, a carcaça casada estava cotada a R$ 9,95/kg, menor patamar desde 12/set. O estreitamente do spread carne com osso/arroba pode levar a frigoríficos pressionarem para baixo o valor oferecido pelo animal terminado.
O indicador Esalq/BM&F encerrou ontem a R$ 147,95/@ (+0,85%).
O contrato futuro com vencimento em outubro fechou a R$ 146,60/@ (-0,10%), menor patamar de 2018. Entretanto, nesta manhã (23/out), o contrato avança R$ 0,55/@ e está cotado a R$ 147,15/@. |
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