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Curitiba,29/03/2024

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Mercado pecuário, novos ajustes seguem no radar

O indicador Esalq/BM&F fechou a quinta-feira a R$ 149,30/@ (+0,50%). No mercado futuro da B3, o contrato para o mesmo mês (outubro) encerrou a R$ 146,70/@ (-0,44%), indicando que pode haver espaço para novas desvalorizações.

Milho

O último indicador CEPEA do milho registrou novo recuo, caindo 0,94% ontem (18/out) para R$ 35,64/sc. 

A referência paulista retorna ao patamar do início de jul/18, quando a expectativa gerada pela colheita da 2º safra pressionou o mercado para baixo.

Na esteira, os contratos futuros do cereal também seguem em sua trajetória de queda iniciada há mais de 30 dias. O vencimento para nov/18 aproxima-se do suporte importante em R$ 35,00/sc, com expectativas de desacelerar o seu viés baixista. 

Movimento parecido também acontece para o contrato de maio/19, atingindo agora o menor patamar desde que o vencimento passou a ser negociado, em R$ 35,60. 

Os patamares baixos geram oportunidades de compra de contratos futuros em bolsa, visando proteger as compras futuras.
 
Após uma temporada marcada pelo milho valorizado, a colheita da safrinha amplia a disponibilidade do produto, e combinado com a expectativa de exportação revisadas para baixo, as cotações foram pressionadas rapidamente.

Toda a curva futura buscou por patamares inferiores, mas possivelmente, podem estar se aproximando de novo equilíbrio. A volatilidade fica agora por conta do câmbio e do rendimento da próxima temporada. 

Soja

Chicago ensaiou uma recuperação no início desta semana, mas começa o pregão hoje (19/out) devolvendo os ganhos e voltando aos patamares da semana anterior.

Os fatores continuam pela expectativa de boa safra norte-americana, e mais recentemente, com o clima colaborando novamente para o avanço da colheita. Enquanto no hemisfério sul o início da temporada começa em ritmo acelerado, apontando para nova safra volumosa.

A disputa comercial entre EUA e China que balançou as cotações no primeiro trimestre deste ano, também continua como o principal fator a limitar as altas na CBOT. Sem perspectivas de que a retórica comercial encontre uma solução no médio prazo, este cenário pode se manter até o final do ano.

As quedas em Chicago e do câmbio fizeram os preços internos variarem para baixo, esfriando o mercado. Mas a pressão no mercado doméstico acontece em menor intensidade, dada a baixa disponibilidade da matéria-prima.

A comercialização antecipada segue lenta, já que o foco neste momento se volta ao plantio da soja. Ademais, as incertezas quanto o câmbio e Chicago fazem a ponta vendedora adotar postura mais defensiva.

Boi gordo

Arroba segue pressionada ao longo da terceira semana de outubro. No mercado futuro, as cotações recuaram aos menores patamares de 2018.

A indústria está conseguindo originar animais com maior facilidade e vem testando preços abaixo das referências também no físico. Ontem (18/out), das 8 praças levantadas em SP pela Agrifatto, 5 ofertaram preços menores. A indicação de compra com pagamento à vista recuou 0,47%, para R$ 149,75/@ (para descontar Funrural).

A queda no consumo de carne bovina na segunda quinzena do mês reflete em menores preços no atacado. Na comparação semanal, o valor da carcaça casada bovina recuou de R$ 10,14 para R$ 10,06/kg.

O indicador Esalq/BM&F fechou a quinta-feira a R$ 149,30/@ (+0,50%). No mercado futuro da B3, o contrato para o mesmo mês (outubro) encerrou a R$ 146,70/@ (-0,44%), indicando que pode haver espaço para novas desvalorizações.

Ao contrário do boi gordo, o mercado de reposição segue com preços firmes. Com as chuvas melhorando as condições das pastagens, a procura por reposição deve aumentar, permitindo avanços dos preços da reposição no curto e médio prazo.




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