A exemplo do que aconteceu no último ano, o mercado brasileiro de transporte aéreo comercial está em crescimento em 2018. Para concorrer em um mercado de grande competitividade, as companhias têm exigido, cada vez mais, qualificação e performance dos seus profissionais.

Para se ter uma ideia do cenário, segundo a Associação Internacional dos Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês), o mercado da aviação comercial de passageiros registrou alta de 3,5% na demanda ano passado, ante recuo de 5,5% em 2016. “As companhias aéreas voltaram a contratar, o que referenda a expectativa de crescimento do mercado de trabalho”, explica o coordenador do curso superior de Pilotagem Profissional de Aeronaves da Unicesumar, Antonio Carlos Prestes.

Ele ainda explica que a estimativa global, de que são necessários 620 mil novos pilotos até 2035, de acordo com a Organização Internacional da Associação Civil (Icao, na sigla em inglês), deverá refletir no Brasil nos próximos anos. “Ainda não é a realidade do mercado local porque estamos saindo de uma crise, de vários anos de estagnação. Porém, com a expectativa de aumento nas contratações, quem possui curso superior sai em vantagem”.

A Icao, que é a agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que 80% dos pilotos ainda não foram treinados e o número de voos comerciais e passageiros deverá dobrar nos próximos 15 anos em todo o mundo.

O coordenador destaca que as empresas aéreas têm colocado como desejável a formação superior em pilotagem. “Acredito que, em algum tempo, isso vai se tornar um pré-requisito para contratação de pilotos. Tenho amigos com muitos anos de experiência que agora estão sentindo a necessidade da formação em um curso superior”. O mercado é competitivo, então a qualificação profissional é a melhor maneira para se sobressair. “Falar inglês fluente, o que antes era tido como um diferencial, agora é essencial para as companhias áreas”, acrescenta Prestes.

Profissionalização

O tecnólogo em Pilotagem Profissional de Aeronaves da Unicesumar, que atende às prerrogativas do Ministério da Educação (MEC) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), abriu a primeira turma em 2014 no campus de Maringá (PR). A habilitação permite pilotar aeronaves no transporte de passageiros ou cargas nacionais e internacionais, no aéreo regular - companhias aéreas domésticas ou internacionais - ,ou geral - serviços aéreos especializados, a exemplo da aviação executiva, transporte aeromédico, aerofoto, aeroagrícola, publicidade aérea e ensino.

O curso é para atuação na aviação civil, com o exercício das funções de piloto em comando e gestão. São comandantes (piloto), copilotos, piloto-chefe, pilotos instrutores, chefes de operações de voo, gerentes de segurança operacional, instrutores de voo, diretores de escolas, aeroclubes e clubes de aviação, diretores de empresas aéreas, instrutores teóricos e práticos na formação e treinamento de novos pilotos ou desempenhar atividades administrativas em empresas aéreas, nas funções de direção, chefe da coordenação de voo, gerente de recursos de equipe voltado para a segurança de voo.

A formação é dividida em teoria e prática. Para isso, a instituição mantém um Laboratório de Pilotagem de Aeronaves com seis simuladores de voo VFR (Regras de Voo Visual) e um de voo IFR (Regras de Voo por Instrumentos). Ainda de acordo com o coordenador, a prática pode ser exercitada em escola de aviação ou aeroclube homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).