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Curitiba,28/03/2024

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A Importância da vacina contra HPV


A Importância da vacina contra HPV

A vacinação é um dos métodos mais eficientes contra a propagação de doenças. Sua prática vai muito além da proteção individual, ela tem o objetivo de proteger toda comunidade e erradicar o vírus por completo. No Brasil foi desenvolvido o PNI, Plano Nacional de Imunização, que tem como objetivo a criação de campanhas contra os principais agentes que assolam a população brasileira. O HPV é uma delas.


O HPV ou Human Papiloma Virus é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) e sua transmissão pode ser realizada pelo contato entre pele-pele ou pele-mucosa e, por isso, a utilização da camisinha como método contraceptivo é indispensável, apresentando cerca de 70% de eficiência contra a contração do vírus.


Existem 200 variações desse vírus, contudo apenas 12 subtipos estão diretamente ligadas ao câncer em áreas genitais, anais e mucosas. O HPV 6, 11, 16 e 18 são os mais comuns na população brasileira, sendo que os subtipos 16 e 18 são considerados de alto risco e exigem maior grau de acompanhamento médico.


A meta de combate a doença estabelecida pelo Ministério da Saúde seria conseguir a adesão à vacina de cerca de 80% dos adolescentes, porém estudos mostram deficiências na conquista deste objetivo em alguns estados brasileiros. A vacina contra HPV está sendo manejada em duas doses e nota-se uma diferença expressiva na adesão entre elas. A segunda dose, responsável principalmente pela prevenção dos tipos mais nocivos da doença, obteve menor taxa de adesão.


Em um estudo realizado em 2017 pela Unimontes, Minas Gerais foi apontada como a detentora da menor taxa média de aceitação da vacina por adolescentes na região Sudeste, com 52%, seguida pelo estado do Rio de Janeiro, com 53%. Espírito Santo e São Paulo apresentaram taxa de adesão de 73% e 80%, respectivamente.

No Paraná, durante a campanha de 2017, mais da metade dos jovens não tomaram a vacina. Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas 45,7% das meninas entre 9 e 14 anos tomaram as duas doses da vacina, enquanto o número de meninos entre 12 e 13 anos que se vacinaram é de 44,4%.


O local em que as doses foram manejadas são a aposta dos autores para justificar a diferença de adesão às doses da vacina. A primeira, com maior taxa, foi aplicada nas escolas, porém na segunda, era necessário um deslocamento até os postos de vacinação, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), o que pode ter ocasionado o decréscimo da concepção da dose.


Outros estudos realizados em Goiás e Santa Catarina apontaram o mesmo problema com relação à segunda dose e alertam para a problemática de sua ausência para a prevenção do HPV.


Receber apenas a primeira dose da vacina não protege o jovem de forma ideal contra o vírus, ou seja, não torna seu sistema imunológico resistente às suas variações. Dessa forma, quem não receber a segunda dose, apresentará maiores riscos de contração do vírus, expressão de sintomas da doença e risco ao câncer de útero, anal e genital.


Inicialmente, as campanhas de vacinação na rede pública contra o HPV abrangem meninas de 9 a 14 anos, meninos com idade entre 11 e 14 anos e pessoas com idade entre 9 e 26 anos que são transplantados, estão realizando tratamento de câncer ou foram diagnosticadas com o vírus HIV.    




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