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Curitiba,19/03/2024

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Ex-prefeito de Piên acusado da morte de adversário político ganha liberdade provisória

Gilberto Dranka (PSD) foi detido em janeiro de 2017, quando se escondeu no forro de casa para tentar evitar a prisão.


Ex-prefeito de Piên acusado da morte de adversário político ganha liberdade provisória

Justiça do Paraná concedeu liberdade provisória ao ex-prefeito de Piên Gilberto Dranka (PSD), que estava preso desde janeiro de 2017 e é acusado de envolvimento na morte do prefeito eleito da cidade, Loir Drêvek.


A decisão é da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O ex-prefeito deve ser solto entre esta quinta (8) e sexta-feira (9).


A decisão ocorreu após o julgamento de um pedido de relaxamento de prisão feito pelos advogados Dranka e do ex-presidente da Câmara Leonides Mahs, que também teve a liberdade provisória concedida. Os dois são réus no processo e serão monitorados diariamente por tornozeleiras eletrônicas.


Os advogados também solicitaram o anulamento do júri popular. A Justiça decidiu manter, mas ainda não tem data definida.


Dranka foi encontrado pela polícia escondido no forro da casa em 31 de janeiro, em uma operação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), tentando evitar a prisão.


Além de Gilberto Dranka e Leonides Maahs, o empresário Orvandir Pedrini e Amilton Padilha, também são réus no processo por crimes como associação criminosa e homicídio qualificado. Orvandir e Amilton permanecem presos.


A denúncia do Ministério Público foi aceita pelo juiz Rodrigo Morillos, da Vara Criminal de Rio Negro, na Região Metropolitana de Curitiba.


Como ocorreu o crime


De acordo com as investigações, os quatro tramaram a morte do prefeito eleito de Piên Loir Dreveck (PMDB), que assumiria em 2017. Ele teria anunciado mudanças na prefeitura logo que assumisse o mandato. Segundo a polícia, essa decisão contrariou interesses do grupo do ex-prefeito Gilberto Dranka.


Dreveck viajava com a família, em dezembro de 2016, quando foi surpreendido por um motoqueiro e levou um tiro na cabeça. Ele morreu três dias depois, no hospital.


Na denúncia, os promotores afirmam que Dranka e Maahs foram os autores intelectuais, porque decidiram matar Loir Dreveck.


O empresário Orvandir Pedrini auxiliou na contratação de Amilton Padilha, autor do disparo, e na compra de uma moto usada no crime, ainda segundo a denúncia.


No despacho em que tornou réus os quatro acusados, o juiz relembrou o depoimento de um deles, o empresário Orvandir Pedrini. Ele afirmou à polícia que, depois que o grupo descobriu ter matado a pessoa errada, Gilberto Dranka teria afirmado que coordenaria, ele mesmo, os próximos passos, ou seja, que o plano de matar o prefeito eleito ainda prosseguiria.


O outro lado


Segundo o advogado de Dranka , Claudio Dalledone Junior, o TJ acatou o pedido de defesa de liberdade de seu cliente. Dalledone informou ainda que seu cliente é vítima de uma trama política. O advogado explicou ainda que uma das qualificadoras, que agravava a acusação contra Dranka, caiu.


O advogado da família de Loir Dreveck, Samir Mattar Assad, informou que "existem elementos de provas suficientes para levarem para plenário e que acredita na condenação dos réus".



Do G1 Paraná.







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