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Curitiba,23/04/2024

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Concorrente do Ibope, GfK demite funcionários e deve fechar as portas após briga com emissoras


Concorrente do Ibope, GfK demite funcionários e deve fechar as portas após briga com emissoras

O instituto alemão GfK, que estreou no Brasil em outubro de 2016 para ser “concorrente” do Ibope na medição de audiência, demitiu funcionários e deve fechar as portas após brigar com as emissoras que o financiaram: Record, SBT e RedeTV!.


Na manhã desta quinta-feira (21), 149 funcionários foram chamados pelos chefes e demitidos. Eles representam quase toda a estrutura de profissionais que formam a divisão de aferição de audiência de TV do instituto, que deve ser encerrada nos próximos dias, segundo informações do jornalista Daniel Castro. A GfK confirmou o número de demissões, mas ressalta que outras áreas da empresa, como a de pesquisas de mercado, não serão afetadas.


A derrocada do GfK teve início depois que as três redes que patrocinaram seu lançamento no Brasil ficaram insatisfeitas com os resultados. Acusado de não cumprir cláusulas contratuais, tendo atraso de um ano para funcionamento e metas de qualidade não terem sido cumpridas, o instituto está começando a ser acionado na Justiça pelas emissoras.


A Record já entrou com processo por não cumprimento de contrato e ganhou. A GfK foi condenada a pagar R$ 27.879.150 ao canal de Edir Macedo em dentro de três dias, caso contrário, terá bens penhorados pela Justiça, segundo sentença do juiz Rogério Marrone de Castro Sampaio, titular da 27ª Vara Cível de São Paulo.





Nos próximos dias, a Record deverá entrar com outra ação, pedindo R$ 40 milhões de indenização a título de devolução de valores pagos e perdas e danos. De acordo com o jornalista Ricardo Feltrin, SBT e RedeTV! seguirão o mesmo caminho e vão acionar o instituto judicialmente. O montante que as três emissoras vão reivindicar da GfK deve passar de R$ 100 milhões.


Aparelho de medição de audiência da GfK (Foto: Adriana Spacca/NTV)
Aparelho de medição de audiência da GfK
(Foto: Adriana Spacca/NTV)


O projeto do lançamento da GfK no Brasil teve início em 2013, quando as emissoras decidiram financiar a vinda do instituto – prometendo investir US$ 100 milhões (R$ 314 milhões) – para acabar com a hegemonia do Ibope. Logo no início, a empresa alemã enfrentou dificuldades para a implantação da medição de audiência, entregando relatórios prometidos para 2015 com um ano de atraso.


Porém, a relação entre as partes azedou depois da GfK descumprir metas e apresentar números parecidos com os do Ibope. Na empresa alemã, a Globo, que seria supostamente “beneficiada” pelo Ibope, tinha números ainda maiores.


Um ano após o início dos primeiros dados concretos, a medição de audiência da GfK chega ao fim no Brasil sem se quer ter números divulgados pelas emissoras e fortalecendo a hegemonia do Ibope. Uma experiência tão frustrante quanto o extinto Datanexus, instituto lançado por Silvio Santos na década passada para concorrer com o Ibope.




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