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Curitiba,20/04/2024

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Polícia Federal de Londrina localiza US$ 340 mil em carro de traficante


Polícia Federal de Londrina localiza US$ 340 mil em carro de traficante

Trezentos e quarenta mil dólares, na cotação atual, pouco mais de R$ 1 milhão. Este foi o montante localizado pela Polícia Federal de Londrina escondido no forro de um veículo apreendido durante a Operação Spectrum, que levou para a cadeia o homem apontado como um dos maiores traficantes da América do Sul, Luiz Carlos da Rocha, o ‘Cabeça Branca’.


A ação que levou a prisão do traficante e de outras pessoas apontadas como integrantes da quadrilha, foi desencadeada em 1º de julho. Cabeça Branca, conforme a PF, segue preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catunduvas.






 


O delegado-chefe da Polícia Federal de Londrina, Elvis Secco, explicou como a polícia chegou até o dinheiro escondido. De acordo com ele, a prisão dos traficantes foi apenas o primeiro passo, e que as investigações relativas ao caso continuam. “Durante a operação nós apreendemos muitos materiais, entre eles, muitas mídias e smartphones”, conta. “E desde então, estamos analisando todas estas provas”.


Secco destacou que entre os materiais estão aproximadamente 70 smartphones, dos quais 50 pertenciam a Luiz Carlos da Rocha. Os outros telefones eram de integrantes do grupo. “Nós contamos com o apoio do DEA (Drug Enforcement Administration) para extrair os dados destes telefones, como ligações e mensagens de aplicativos”, diz. “Esses dados contemplam até mesmo as mensagens que haviam sido apagadas”.


Em um dos telefones de Luiz Carlos, uma troca de mensagens entre ele e Wilson Roncaratti, que seria o responsável por fazer os pagamentos da quadrilha. “As mensagens são do dia 30 de junho, um dia antes da operação. Nelas, o Cabeça Branca relata que Roncaratti sairia de São Paulo com destino a Pedro Juan Caballero, no Paraguai, para fazer um pagamento a um traficante de lá”, conta. “E, na mensagem fica claro que ele está em posse do dinheiro. Mas, ele não chegou em Pedro Juan, porque ele foi preso em Londrina, no dia seguinte, então, o dinheiro tinha que estar no carro”, acrescenta.


O veículo já tinha sido periciado quando da apreensão, mas nada havia sido detectado. O delegado destacou que “era um trabalho muito bem feito” para esconder o dinheiro. “Estava no forro do carro, entre o forro e a fibra, mas não tinha nada que indicasse que havia sido mexido”, fala. “Nós tínhamos pensado até em passar o veículo em um scanner, mas fomos desmontando o carro, e quando puxamos o forro o dinheiro começou a cair”.


Milhões


O delegado enfatizou que as investigações seguem, e que até o momento, apenas 30% do material apreendido foi analisado. “É muito dinheiro, já procedemos com o sequestro de R$ 250 milhões em imóveis da quadrilha, e ainda tem muita coisa”.


Secco relatou também que o relatório final da operação está sendo finalizado, constando todos os crimes já comprovados e que o Luiz Carlos confessou. O relatório será repassado a Justiça.


Muita coisa e muito dinheiro ainda devem ser ‘descobertos’ no decorrer das investigações. O delegado comentou ainda que foram solicitadas 180 quebras de sigilos. “Ainda estamos na terceira fase de análises das apreensões”.


Leilão


Os bens apreendidos com a quadrilha foram leiloados na terça-feira (19), por determinação da Justiça Federal. O veículo em questão, não fazia parte do lote, já que havia sido determinado pela Justiça, o uso do carro pela Polícia Federal.


Entre os bens leiloados estavam um sedã de luxo de R$ 120 mil, uma motocicleta de R$ 30 mil, vários carros, bolsas femininas de marcas famosas, garrafas de vinho e de whisky.




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