Como evitar ter fotos íntimas vazadas na internet
Fotos vazadas na internet são um problema cada vez maior; conheça as boas práticas para que suas informações pessoais não sejam roubadas.
Ter as fotos íntimas vazadas na internet é um problema que vêm se tornando cada vez mais corriqueiro. Quem nunca tirou “aquela selfie” para enviar para o namorado(a)? Quem nunca utilizou as redes sociais ou aplicativos de mensagens para envia-las?
É justamente aí que mora o perigo. Quando suas “fotos caem na rede” pouco se pode fazer para removê-las. A vítima que teve suas fotos vazadas, pode conseguir remover sua intimidade da maior parte dos sites, mediante a muito esforço, ações jurídicas e suor, porém, elas sempre vão estar “lá”. Isso acontece, porque a partir do momento que um usuário baixou a foto da vítima, o site que disponibilizou cria uma nova fonte, que provavelmente vai compartilhar esse arquivo com outras pessoas. Então, o problema não é mais apenas o site que disponibilizou o conteúdo, mas também, quem baixou e passou a distribuí-lo.
Um dos casos mais recentes foi o da Fernanda Lacerda, a “mendigata” que teve suas fotos vazadas. Relembre algumas pessoas famosas que tiveram suas fotos vazadas na internet.
A última, Carolina Dieckmann, entrou na justiça, após ter fotos onde aparecia nua, divulgadas na internet. O caso ganhou repercussão nacional, e até uma Lei foi criada em seu nome a lei 12.737 de 2012, a chamada lei “Carolina Dieckmann”. Além de ter suas fotos íntimas publicadas a atriz foi vítima de extorsão. Foi exigido dela R$ 10 mil para que suas fotos não viessem a público. A Lei Carolina Dieckmann, torna crime a invasão de aparelhos eletrônicos para obtenção de dados pessoais.
Por isso resolvemos separar algumas dicas preciosas, para que você possa evitar futuras dores de cabeça e constrangimentos.
Dicas para evitar de ter suas fotos vazadas na internet
- O principal, e o óbvio, mas geralmente não é levada em consideração. Não tire fotos. Se não há fotos íntimas, não tem como elas serem publicadas, umas vez que não existem.
- Se ainda assim você gosta de se fotografar, ou enviar uma “selfie marota” vez ou outra para o namordo(a), siga estes passos.
- Primeiro de tudo, pense na proteção do seu celular. Não custa nada manter uma senha forte nele. Quanto mais forte, mais complicado será para um mecanismo de quebra de senha descobrir sua combinação. Utilize números, caracteres especiais, letras maiúsculas e minúsculas. Você deve evitar senhas óbvias, como o seu nome, data de nascimento, nomes de familiares, e a famosa “123456”, são as primeiras a serem testadas.
- Não deixe que outros tenham acesso livre a seu celular, o mesmo vale para caso deixe as fotos armazenadas em seu computador.
- Lembre-se que a maior parte dos aparelhos hoje em dia, sincronizam automaticamente com drivers de armazenamento externos. O Google Drive é um exemplo, a maior parte dos aparelhos são sincronizados com ele. Quando você tira uma foto, ela vai para um servidor, onde, caso haja uma invasão, sua privacidade será comprometida. O que você pode fazer é desabilitar o sincronismo automático.
- Facebook é outro problema, ele também sincroniza suas fotos automaticamente, sempre é bom desabilitar essa opção. Seja por invasão a sua conta ou descuido, nunca é bom ter sua foto perambulando no limbo da internet.
Os famosos grupos de família
- Vi inúmeros casos onde a foto vazou no grupo de Whatsapp da família. Tome muito cuidado para quem você envia, nesse caso, tenha certeza de que o nome está certo, leia o que está escrito no topo da caixa de mensagens antes de enviar. Vai evitar que seu pai ou sua mãe, vejam você como veio ao mundo. Só que neste caso com alguns anos a mais.
- Você nunca terá como saber se a pessoa que está do outro lado é totalmente confiável. Jamais envie fotos para pessoas que você não conhece ou não tem convívio. Não tem como prever o que o outro fará com suas fotos. O criminoso pode muito bem estar usando suas fotos para alimentar algum site pornô.
- Evite utilizar redes Wi-Fi abertas, elas são um prato cheio para quem possui um mínimo de conhecimento em roubo de informações. Redes abertas não são seguras, os dados pessoais podem ser facilmente roubados. Pode até ter uma ou outra que tenha uma segurança maior, mas como você vai saber? Na dúvida evite. E se ainda assim se conectar, não acesse contas pessoais, e-mails, etc. Lembre-se suas pastas com suas fotos ainda estão vulneráveis.
- Crie senhas para as pastas onde armazena suas fotos, isso é uma segunda proteção para caso seu celular seja invadido.
- Não passe suas senhas para ninguém e, evite salvá-las em seu próprio aparelho. De preferência, mantenha-as em sua cabeça. Caso seja difícil memorizar, anote em um papel e deixe em casa em um local seguro.
- Novamente, certifique-se do destinatário da mensagem, para não correr o risco de enviar para a pessoa errada.
“Tive as fotos vazadas, e agora?”
Se você tomou todas as precauções e mesmo assim teve suas fotos íntimas vazadas, vá até a delegacia mais próxima e registre um B.O (boletim de ocorrência). A lei ampara você nesses casos. Após a abertura do B.O, terá início uma investigação criminal. O autor do crime responderá por divulgar indevidamente suas imagens e posteriormente por invasão de aparelhos eletrônicos. Porém se foi você que enviou, sinceramente, nas palavras de um delegado de polícia do norte pioneiro do Paraná, “Não há muito o que fazer, pois foram as próprias vítimas que enviaram o conteúdo que foi publicado”.
Uma vez que conteúdo publicado seja indexado pelos buscadores, ele dificilmente saíra do ar. Até você fazer o B.O, encontrar o criminoso, entrar na justiça para remoção do conteúdo pelos buscadores, será tarde demais. Milhares ou milhões de pessoas já terão baixado as imagens ou vídeos.
Então lembre-se, todo cuidado é pouco, preserve sua intimidade, compartilhe conteúdo apenas com quem você tenha muita confiança.
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