O juiz Thiago de Oliveira, da Comarca de Fazenda Rio Grande, cassou na última sexta-feira, o diploma e consequente cassação da prefeita de Agudos do Sul, Luciane Maira Teixeira e de seu vice Manir Araújo Munhoz, o Maninho da Lanchonete Copacabana, pela acusação da compra de votos nas eleições municipais de 2016. Na decisão, o magistrado entendeu que os réus cometeram crime eleitoral ao “doar” vales combustíveis para dezenas de eleitores. O flagrante ocorreu na véspera da eleição e foi feita por policiais militares.

Imediatamente após homologação das eleições, a coligação “Da Verdade do Trabalho e do Respeito, Fazendo o Bem sem Olhar a Quem”, encabeçada pelo candidato Augustinho Tremeia, entrou com representação no Juizado Eleitoral, denunciando a compra de votos. O advogado Sérgio Luiz Chaves reuniu provas e pediu investigação. No decorrer dos últimos meses, testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas e de acordo com o Dr. Sérgio, as pessoas apresentadas pela coligação vencedora, apresentou muitas contradições e após alguns meses do trâmite do processo, o juiz Thiago de Oliveira deu a sentença: cassar os diplomas da prefeita de Agudos do Sul, Luciane Teixeira e do vice Manir Munhoz e, consequentemente os mandatos e ilegibilidade por oito anos dos réus, além de multa de 10 mil UFIRs.

Luciane Teixeira e Manir tem prazo de 15 dias, a partir da notificação, para recorrer da sentença. Ela pode permanecer no cargo, mesmo com a sentença ou ser cassada. Se ela tiver que deixar da prefeitura, quem assume o cargo de prefeito é o presidente da Câmara, Jessé Zoellner. Tentamos contato com o advogado Nilso Sguarezi, mas sequer conseguimos o celular para a obtenção de outras informações.