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Curitiba,28/03/2024

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Pai mata namorada de filha quando ela era pedida em casamento


Pai mata namorada de filha quando ela era pedida em casamento

Anne Mickaelly de apenas 23 anos foi assassinada na noite deste domingo (7), quando havia ido à casa da namorada para pedi-la em casamento. A jovem foi assassinada a facadas na noite desse domingo (7), na quadra 519 de Samambaia. O pai de 46 anos, da garota com quem a vítima mantinha um relacionamento amoroso é o principal suspeito deste brutal crime de lesbofobia. 


No local, antes de fazer o pedido, Mickaelly soltou alguns fogos de artifício. Irritado, o suspeito pegou uma faca e correu atrás da vítima. Ao ser alcançada após alguns metros de corrida, ela foi esfaqueada na cabeça e no rosto. A jovem morreu no local e o homem fugiu e permanece foragido. Jose Eduardo Galvão, delegado responsável pelo caso, diz que vários vizinhos foram ouvidos e confirmaram terem visto o homem atacando a jovem. 


Galvão disse que o suspeito já tinha passagens pela polícia, mas nada relacionado a homicídio. “Era uma coisa que ele não esperava[o pedido de casamento] e não reagiu bem. Agora vai ter que pagar por isso”. Mais uma história de amor que é infectada pela LGBTfobia.


Uma noite que foi planejada para nunca ser esquecida, tornou-se um pesadelo. Infelizmente, Anne Mickaelly foi a sexta vítima da lesbofobia em 2018, que já chegam a 8 assassinados, segundo a página Lesbocidio. Anne significou uma dolorosa morte que deixa uma angustia em seus amigos que se manifestaram no facebook muito abalados. 


Não podemos aceitar calados esta situação. É preciso organizar uma luta contra a LGBTfobia e o capitalismo para que possamos evitar que mais casos dramáticos como este aconteça. A morte de Anne é o último elo de uma cadeia de violências que atingem as mulheres lésbicas. Enquanto não existe direito a ter aulas sobre a sexualidade, não conhecer o próprio corpo na escola e seu direito à ele, são as mulheres lésbicas que sofrem com os estupros corretivos. Afinal, é impensável que exista amor e prazer entre duas mulheres. Sua sexualidade não é identificada como válida quando procuram ajuda médica, com ginecologistas afirmando que não existe sexo.


A prevenção para doenças sexualmente transmissíveis é praticamente inexistente, como se fossem inexistentes as lésbicas que sofrem violência inclusive e principalmente do Estado que se preocupa em legitimar a violência ou ser agente dela como com Luana Barbosa em 2016, ou esconder a LGBTfobia. Essa longa cadeia precisa ser extinguida para que possamos desenvolver livremente nossa sexualidade.


Queremos uma vida plena e não apenas sobreviver em meio a tanta repressão, medo e casos como de Anne. Seguimos gritando #NenhumaLGBTamenos enquanto não deixamos de sonhar e cada dia lutar para construir uma sociedade livre de opressão e de exploração. Ou seja, livre do capitalismo que nos aprisiona. Não vão nos calar"




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