Motoristas de Uber de Curitiba não vão aceitar corridas durante dois períodos do dia até sexta-feira (6). Eles querem chamar a atenção da empresa estrangeira para que melhore a coleta de dados de usuários que se cadastram na plataforma. Na última semana, o jovem motorista Alex Srour Ribeiro, de 28 anos, foi atraído por uma quadrilha de assaltantes e morto após o roubo, no Bairro Alto.

Para os trabalhadores, a insegurança no trabalho tem relação direta à identificação do cliente. Os desligamentos do aplicativo acontecem das 6h às 9 horas e também no fim da tarde , das 17h às 19h. Segundo a organização, 70% dos motoristas aderiram ao protesto que começou na manhã desta segunda-feira (2).

Um dos organizadores, que pediu para não ser identificado, garante, em entrevista à Banda B, que o objetivo do protesto é a inclusão de fotos dos usuários, no momento do cadastro. “Estamos fazendo isso para pressionar que a empresa melhore sua plataforma. Eles precisam ter mais acesso aos dados do usuário, cadastrando com fotos do RG”, defende.

No último crime, o motorista Ribeiro foi acionado por meio do celular da mãe do assassino, também presa pelo envolvimento no latrocínio. “Se uma pessoa chama o aplicativo, é ela quem deve embarcar no carro. Temos uma taxa de cancelamento, se nós motoristas cancelarmos muitas corridas, ou aqueles que achamos que são suspeitas, automaticamente somos excluídos da plataforma. Queremos que isso também não aconteça. Se uma pessoa chamar e outra embarcar temos que ter a opção de cancelar, sem taxa”, descreve.

O protesto deve acontecer durante toda a semana e a expectativa é que a mobilização aumente no período da tarde.

da Banda B